Aparelhos de condução óssea
(BAHA - Ponto - Bonebridge)
Os aparelhos de condução óssea (já existem várias marcas, sendo as mais populares o BAHA, o Ponto e o Bonebridge) são aparelhos auditivos diferentes. Eles estão ligados diretamente ao osso do crânio (cabeça) e não à orelha. Para isso, precisam que seja inserido uma espécie de parafuso bem atrás da orelha, no qual ele se conecta. Sua adaptação depende, portanto, de uma pequena cirurgia.
Aparelhos de condução óssea não são a mesma coisa que implante coclear. São coisas
completamente distintas.
Esses aparelhos não foram feitos para "competir" com os aparelhos auditivos tradicionais, mas sim para ajudar pessoas em situações em que os aparelhos convencionais não servem.
São casos em que os aparelhos de condução óssea podem ser usados:
Surdez unilateral
Os aparelhos de condução óssea são uma boa opção para pessoas que perderam a audição apenas de um lado. Eles são adaptados bem atrás do ouvido que não escuta, captam o som daquele lado e transmitem por via óssea até o ouvido que escuta (do outro lado). Isso não significa que o ouvido surdo vai voltar a ouvir, mas a captação dos sons do lado do ouvido surdo permite com que a pessoa perceba melhor os sons ao seu redor, não precisando mais virar o rosto de forma incômoda o tempo todo.
Os pacientes com surdez unilateral que tiverem interesse em testar como funcionam os aparelhos de condução óssea podem ter uma noção dos benefícios que eles podem trazer fazendo um teste com um kit de teste próprio, que dá uma noção bastante realista de como seria usá-los.
Pacientes com ouvidos crônicos ou operados
Determinadas pessoas já foram submetidas à cirurgia de ouvido ou apresentam condições crônicas no ouvido que impedem a utilização de um aparelho auditivo convencional, pois quando o usam apresentam secreção no ouvido ou dores. Nestes casos os aparelhos de condução óssea, que são adaptados exclusivamente atrás do ouvido, podem ser muito úteis.
Crianças com malformações congênitas de orelha
Crianças que nasceram sem o pavilhão auricular e/ou sem o conduto auditivo (buraquinho do ouvido) precisam quase sempre esperar até os 8 ou 10 anos para fazer algum tipo de reconstrução, quando são boas candidatas para tal.
Até lá, contudo, é preciso reabilitar essa criança do ponto de vista auditivo. A partir dos 5 anos de idade, elas devem ser adaptadas a um aparelho de condução óssea para que escutem melhor, uma vez que a colocação desse aparelho independe da presença do pavilhão auricular ou do conduto auditivo.
Até os 5 anos, a criança deve fazer uso da chamada soft band, que é uma espécie de aparelho de condução óssea sem a cirurgia .
Área Da Criança
Problemas otorrinolaringológicos são mais comuns na infância: